domingo, 30 de agosto de 2009

Grupo de Percussão da UFMG é atração de nova edição da série Prata da Casa


sexta-feira, 28 de agosto de 2009, às 9h30

O Grupo de Percussão integrado por alunos da Escola de Música da UFMG e coordenado pelo instrumentista e professor Fernando Rocha estará na edição da próxima segunda-feira, 31 de agosto, da série Prata da Casa. O show – a partir das 19h, com entrada franca, na Sala de Recitais – vai abrir o segundo semestre da temporada da série didática, realizada com a Escola de Música para divulgar o trabalho de alunos e professores da instituição.

Bruno Santos (convidado), Felipe Bastos, Felipe Kneipp, João Paulo Drumond, José Henrique Viana, Matheus Bahiense, Rafael Melo, Saulo Giovannini e Yuri Vellasco são os músicos que participarão da apresentação. Voltado para a música contemporânea escrita especialmente para grupos de percussão, o programa incluirá peças de John Cage, Sean Griffin e Emmanuel Sejournè.

O Grupo de Percussão da UFMG nasceu em 1998, ano em que foi criado o curso de bacharelado em percussão na Universidade. Desde então, tem participado de eventos promovidos por diferentes instituições, como a série Concertos do Século XX da Fundação Clóvis Salgado, atividades da Fundação de Educação Artística e da UEMG, além de encontros nacionais e internacionais. Seu trabalho está registrado em dois CDs próprios e participações especiais em CDs de outros grupos.


Priscila

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Se a juventude soubesse, se a velhice pudesse...

Sexta . 28/08. 21hs . R$5 até 0h .
Casinha . Juiz de Fora 114 .
Velha Banda Nova .

Música & Mercado



Ainda dá tempo!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

carta aberta à fundação municipal de cultura - no site do graveola

alô comunidade little house do meu coração,

em virtude de alguns acontecimentos recentes, postamos no site do graveola uma carta aberta à fundação municipal de cultura de belo horizonte,

na intenção de manifestar nossa insatisfação com a situação atual do circuito de apresentações musicais em nossa cidade, e suscitar o debate sobre a falta de condições mínimas com que cotidianamente temos de lidar em nosso trabalho.

sua leitura e seu comentário será muito bem vindo.

http://www.graveola.com.br/site/

abraço grande,

luiz gabriel

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Escrivinhança

Em silêncio como pedra


No breu da noite somos todos iguais

Somos todos silêncio

Solidifico minha essência...

Escutando com calma a mudez das rochas.

Pedras antigas ...

Gastas por longas histórias contadas pelo tempo.

Sabias se calam,

saboreando a cor dos cantos entoados pelo vento.

Na bruma da aurora somos todos passado e presente

Desconstruo desesperanças com o rufar e o lampejo do trovão.

Raios que se lançam dançantes

Acompanham o ritmo da fúria da tempestade.

Bem perto do céu

De pés cravados na terra o Baobá a tudo admira

com suas folhas entrecortadas de flores e riso.


Pedro ratton



O ARTISTA PLÁSTICO VIK MUNIZ ESTÁ ATÉ NOVEMBRO NO MUSEU INIMÁ DE PAULA NA RUA DA BAHIA 1.201 ESTA É A MAIOR EXPOSIÇÃO DE SEUS TRABALHOS ATÉ HOJE VIK MUNIZ É UM DOS ARTISTAS PLASTICOS BRASILEIROS DE MAIOR RECONHECIMENTO INTERNACIONAL NOS CIRCUITOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Toalha nova não enxuga


A melhor banda do mundo impunemente solta numa tarde ensolarada com cabelos encaracolados em cucas maravilhosas.

Cristiano e Fabiano que fiquem espertos, pois Carlinhos Brown levou muita "água mineral" na última vez em que juntaram alhos com bugalhos para agradar a gregos e baianos de uma vez só...


Pra ver Nação Zumbi de perto, acho que a gente aguenta.
(MEDA no meu lado realista)
Viva a diversidade!
(alerta o meu lado otimista)


Tem também Pedro Luís e A Parede e Urucum na Cara.

Os ingressos são mais baratos até o dia 21 (sextagora) e estão à venda em diversos locais, se liga no cartaz!

Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Nar
ocafrociberdélica


Subterrâneos na Casinha


Cinema Africano - Abderrahmane Sissako


23/08/2009 – "Heremakono - À Espera da Felicidade", de Abderrahmane Sissako

Em Nouadhibou, aldeia de pescadores no litoral mauritano entre o Saara e o Atlântico, Abdallah, um jovem malinês de 17 anos, visita a mãe antes de partir para a Europa. Neste lugar de exílios e de falsas esperanças, o jovem, que não entende a língua, tenta decodificar o universo à sua volta. Nana, uma jovem sensual, Makan, que sonha com a Europa, Maata, um antigo pescador e agora eletricista, e seu discípulo Khatra, que vai ajudá-lo a sair de seu isolamento ensinando-lhe o dialeto local. Os destinos se encontram e se desencontram ao longo dos dias, os olhares fixos no horizonte aguardam uma incerta felicidade. O filme ganhou o Prêmio da Crítica Internacional na seção Un Certain Regard do festival de Cannes de 2002, além do prêmio de melhor direção de arte em 2003 na Fespaco, principal festival de cinema Pan-Africano.

Heremakono, o segundo filme de Abderrahmane Sissako a ser exibido na Casinha é gravado na cidade em que o próprio autor parou antes de seguir para Moscou, onde estudou cinema.

  • "Heremakono" (Idem, Mauritânia/França, 2002). 95 min. Direção: Abderrahmane Sissako. Com: Khatra Ould Abder Kader, Maata Ould Mohamed Abeid,Mohamed Mahmoud Ould Mohamed, Nana Diakité, Fatimetou Mint Ahmeda, Makanfing Dabo e Santha Leng

Total: 1h35 min


Na Casinha, rua Juiz de Fora, 114.

Domingo, às 18:00.


Trecho do Filme:


Foto em Pauta


Hoje (19/08) tem Foto em Pauta com o fotojornalista mineiro Claudio Versiani.
O cara é bom, a oportunidade é única. Pra quem quiser conhecer o trabalho dele (quem tem um belo ensaio sobre Angola) e mais informações sobre o evento, os links cá em baixo:

www.fotoempauta.com.br/

www.cversiani.com

www.picturapixel.com

sábado, 15 de agosto de 2009

Apenas Diferente

Há quase 3 meses,fomos conferir a comemoração do dia da luta antimanicomial, 18 de maio.

Meio que de supetão, movidos pelo convite da mãe do nosso amigo Pedro Martins(frajola), acabamos descobrindo pessoas incríveis, com lindos discursos sobre mundos possíveis e cheias de vida. Alegres que só elas.

Sabe aqueles dias em que pequenos momentos e gestos de pessoas especiais, mudam toda a sua forma de ver o todo que o cerca? Foi uma verdadeira aula de humanidade e de aprender a aceitar as diferenças.

Não é balela! Sai de lá bastante emocionado e pensando o quão nossa sociedade é cruel com gente tão pura e apenas diferente.

Sentimentos que voltaram ao ver esse vídeo.

PS: Meu destaque fica para a Rogéria. Uma simpatia só! Que canta seu lindo samba e vai para o Raul Gil. Aos 3:25 min.

Mas vejam tudo!! Merece!



Matheus

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

APLICAUMSOMAÊ



A coluna Aplicaumsomaê esteve meio sumida mas está de volta em grande estilo! Dessa vez a incisão auricular será Vagarosa, o segundo disco da cantora/(ex)promessa/musa Céu. Como o nome sugere, Vagarosa pede audições desapressadas aos detalhes e camadas das faixas - todas muito bem produzidas assim como em seu primeiro álbum de 2005.

A produção é dividida entre Beto Villares, Gustavo Lenza, Gui Amabis e integrantes da Nação Zumbi. Sob a alcunha de Los Sebozos Postizos, eles formam a banda de apoio de CéU em “Rosa Menina Rosa”, pinçada do repertório de Samba Esquema Novo (1963), de Jorge Ben.

Embora na bateria haja participações do finado Gigante Brasil em suas últimas gravações em estúdio (”Cangote” e “Papa”), de Curumin (”Nascente”, “Grains de Bauté” e “Cordão da Insônia”) e de Serginho Machado (”Sonâmbulo”), Pupillo é presença recorrente no comando das baquetas. Em “Ponteiro”, com a companhia do baixo de Dengue.

“Espaçonave” é uma parceria com Fernando Catatau, do Cidadão Instigado, que além de tocar guitarra nesta faixa, participa também de “Bubuia”, composição coletiva de CéU, Anelis Assumpção e Thalma de Freitas.

Outras participações especiais são de Luiz Melodia em “Vira Lata”, que Céu compôs especialmente para a voz do cantor. Guizado toca trumpete em “Nascente”, cuja autoria é dividida com Siba. O cavaquinho de Rodrigo Campos está presente na vinheta de abertura “Sobre o Amor e Seu Trabalho Silencioso” e em “Vira Lata”.

Pela lista acima dá pra ver que a moça é bem relacionada. Agora é só ouvir e esperar a aparição da muchola pelas alterosas.

Para baixar o disco clique AQUI!

bené

PS: Aplicaumsomaê terá periodicidade mensal. Quem se habilita pra setembro?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Canto de negro é festa

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ex-ministro da Saúde explica a Gripe Suína

Desinformardo?
Preocupado?
Enganado?

Assista esse vídeo

Gripe suína?




Aí moçada,
Eis o famigerado documentário argentino que tem rodado pelos emails da galera.
Assisti e achei que faz mesmo todo o sentido... Claro que não precisa ser encarado como "a verdade sobre a gripe suína", porque aí vira um maniqueísmo tão imbecil quanto a paranóia do contágio.
Mas fiquei pensando que o rancinho sensacionalista-videoshow que o cara tem na linguagem (alla filmes do Michael Moore, Surplus e toda uma ala de doc-denúncia-publicitário que tem bombado nos ultimamentes) chega a ficar perdoável pela nobreza da causa, e pela contundência da eficácia comunicativa. Afinal, olha onde estamos assistindo ele: no youtube.
E aí, que acham? Bom assunto pra debater com a ala cinefílica da casinha.
Abraço,

Luiz Gabriel

PS: tirei o video e pus uma foto com o link pq ele tava estragando o layout do blog. clique na imagem para ver o video no youtube. bene

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Djembe com Dum Dum



Esse povo felizão da foto aí em cima, tá toda segunda na casinha às 20 e 30 hs, tocando pra frente nosso Grupo de Djembe.

Antes ministrado pelo percussionista Mateus Bahiense, o grupo agora entra numa fase de auto-gestão. É chegada a hora da galera alçar vôo sozinha, sem o grande "Matas' como maestro.

E posso falar que tá bonito.

Se você tiver curiosadade de conhecer, tocar, dançar ou apenas ver, é só chegar.

Abaixo um videozinho meio tosquinho que fiz, mas acho que traduz bem o espiríto da coisa, que é a pura e simples alegria de tocar um instrumento.

PS: Aumente a tela!




matheus

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Besouro

Besouro Mangangá
Besouro Mangangá
Cidade de Santo Amaro
Terra do Maculelê
Viu os Mestres Popo e Vavá
E viu Besouro a nascer

coro

Besouro cordão de ouro
Manoel Henrique Pereira
Desordeiro pra polícia
Uma lenda pra capoeira

coro

A lenda diz que Mangangá
Também sabia voar
Transformando em besouro
Pra da polícia escapar

coro

Mataram Besouro Preto
Não foi tiro nem navalha
Com uma faca de tucum
Na velha Maracangalha


Autor: Perninha


A história de Manoel Henrique Pereira, o Besouro Mangangá, virou filme. Aí vai o trailer e um link aqui pra quem quiser saber mais sobre essa lenda.

Little Song

Vi esse video em alguns blogs por aí e achei bem legal. Então resolvi surrupiar aqui pro Blog da Casinha também. É um debate no Festival Mundial de Ciência, relacionando música e neurociência. Partipando desse debate está Bobby McFerrin, aquele cara com um vozerão que canta "Don´t Worry, be happy". E o que ele faz é no mínimo interessante. Saca só!

abaixo assinado - fica Instituto Moreira Salles

galera,
não sei se tá todo mundo sabendo, mas o Instituto Moreira Salles (aquele da Afonso Pena) anunciou o fim de suas atividades aqui em BH. o que é osso, de tão poucos e mirrados que já são os espaços destinados à arte e à cultura na nossa cidade.
daí, tá rolando um abaixo assinado virtual contra essa história.
confesso que achei o texto meio excessivamente baboso da instituição, tipo "IMS, somos seus fãs incondicionais",
mas acho que vale a causa.
a quem interessar possa, o link é esse aqui:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/4835

valeu!

Luiz Gabriel

domingo, 9 de agosto de 2009

Jazz no Cinema



O Cine Humberto Mauro, em parceria com o Jazz Festival Brasil, apresenta de 10 a 20 de agosto, a mostra O Jazz no Cinema. Serão exibidos filmes que possuem trilhas compostas pelos diversos mestres do gênero e que perpassam as narrativas, deixando um traço tão marcante que poderiam até ser consideradas um novo personagem.

10 SEG
19h CINECLUBE CURTA CIRCUITO
11 TER
16h30 Sombras
12 QUA
19h MOSTRAVÍDEO ITAÚ CULTURAL
13 QUI
14 SEX
15 SAB
16 DOM
15h30 Blow Up
17h30 Manhattan
17 SEG
19h CINECLUBE CURTA CIRCUITO
18 TER
19 QUA
19h MOSTRAVÍDEO ITAÚ CULTURAL
20 QUI
21h10 Sombras

O JAZZ NO CINEMA: R$ 5,00 (INTEIRA) E R$ 2,50 (MEIA).

para mais informações e as sinopses dos filmes clique aqui.

Graveola e o Lixo Polifônico - Lindo Toque (mineirinho)



benedito

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Jamaican Day na Savassi

O RoodBoss Soundsystem é um sistema de áudio instalado eventualmente no espaço público de BH. Inspirado nos antigos sound systems jamaicanos, leva para as ruas um pouco da rica cultura musical dessa famosa ilha caribenha. Trata-se de um evento de rua gratuito onde todos são bem vindos. A música em alta potência aproxima uma enorme quantidade e diversidade de pessoas que acabam contaminadas pelo balanço num clima de pura diversão e harmonia.

A quarta edição do RBS é especial. Enquanto o povo jamaicano celebra a independência de seu país no dia 6 de Agosto, comemoraremos aqui o Jamaican Day no Sábado, dia 8. A proposta é tentar percorrer as vertentes da música da Jamaica com base na cronologia de seu desenvolvimento. Mento/Calypso às 14h, Ska/Jamaican Jazz às 15h, Rocksteady/Early Reggae às 16h, Roots Reggae/Dub às 17h, Dancehall/Ragga às 18h e à partir das 19h uma miscelânea que inclui estilos influentes e influenciados. Dessa vez, a Praça Diogo de Vasconcelos é o local que dá sequência na itinerância. Conhecida como Praça da Savassi, é o centro dessa importante região comercial que reúne uma vasta gama de frequentadores, desde famílias a juventude boêmia.

fonte: roodboss!

Verdicidade

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Milagre de Santa Luzia

em breve...


CAMiLO.

OFICINA DE TAMBOR DE CRIOULA DO MARANHÃO



É com muita satisfação que o Coletivo Cultural Casinha anuncia a mais nova oficina que será oferecida no espaço: TAMBOR DE CRIOULA. O percussinista maranhense Paulo Lobato estará semanalmente na Casinha ensinando a música, a dança e os fundamentos de tal manifestação cultural.


A oficina acontecerá todas as sextas feiras as 20:30, a partir do dia 14/08, na Casinha (juiz de fora, 114, Barro Preto).


será cobrado R$ 20,00 por oficina, ou R$80,00 por mês.



A baixo uma breve explicação sobre tal manifestação:


"Tambor de Crioula, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em agosto de 2007, é uma brincadeira genuínamente maranhense movida a canto, toque percussivo, dança de mulheres em que se dá a punga ou umbigada... O Tambor de Crioula tem sua religiosidade evidenciada em devoção à São Benedito (santo preto), seu padroeiro."


"Diz-se por essas bandas do norte que é afinado a fogo, tocado a murro e dançado a coice e muitas vezes a coito!"


"Coreira chega pra roda


Eu sou seu escravo


São Binidito chamou


Eu sou seu escravo



Dá rodada no terreiro


Eu sou seu escravo


São Bibidito mandou


Eu sei que'eu me salvo"


Esperamos todos lá!


São Binidito nos acompanhe!

Marginais à solta

Coleção traz de volta ao mercado filmes underground rodados no Brasil nos anos 1960 e 1970. O diretor mineiro Geraldo Veloso ressalta a influência do movimento sobre várias gerações

Walter Sebastião - EM Cultura





O diretor Geraldo Veloso diz que ele e os amigos eram godardianos de carteirinha, militantes políticos e fãs do experimentalismo
Delirante, melancólica, niilista, marginal, alternativa, underground. Qualquer adjetivo associado à arte de vanguarda serve para qualificar filmes realizados entre 1969 e os anos 1970, que, apesar de pouco vistos, fizeram muito barulho com seu experimentalismo estético. Passadas quatro décadas, não há consenso sobre o termo mais apropriado para definir o movimento, cuja marca é a rebelião contra a cinematografia convencional. A coleção Cinema marginal brasileiro, projeto da Lume Filmes e da Heco Produções, com apoio da Fundação Cinemateca Brasileira, disponibiliza alguns deles ao público.

“O cinema marginal tem autenticidade, veracidade e visceralidade que não se veem na produção brasileira de hoje”, afirma Eugênio Puppo, curador da coleção. Trata-se de filmes feitos por diretores que não contavam com financiamento oficial. Exibidos depois de muita briga, foram simplesmente proibidos ou destinados ao limbo, pois alguns passaram anos esquecidos. Todos rodados no ambiente hostil da ditadura militar. “A sociedade vivia situação calamitosa, com muita miséria. Eles encaram essa realidade de frente. É o Brasil sem maquiagem”, explica Puppo. De acordo com ele, o conjunto é original e singular, inclusive em relação ao realizado em outros países.

Em Minas Eugênio Puppo conta que a coleção comprova que cinema marginal não é fenômeno restrito ao Rio de Janeiro e a São Paulo, mas com realizações importantes na Bahia e em Minas Gerais. O curador cita trabalhos dos cineastas mineiros Geraldo Veloso, Sylvio Lanna e José Sette. O trabalho resulta de pesquisa feita há 11 anos, cujo passo inicial foi a mostra de 40 filmes, acompanhada de ciclo de debates, exposição e livro, realizada em São Paulo.

“Cinema é formação cultural, social, política e artística. Entretenimento é televisão”, provoca o curador, explicando que foi difícil localizar as fitas. Agora, é necessário providenciar a preservação do acervo e a restauração dos filmes.


Cena de Bang bang, filme de Andréa Tonacci rodado na Belo Horizonte dos anos de chumbo

Na coleção há um clássico do cinema marginal filmado em Belo Horizonte: Bang bang, de Andréa Tonacci. O diretor nasceu na Itália, morou em São Paulo e está radicado no Rio de Janeiro. Nos anos 1970, foi adotado pelos mineiros. “Sempre que posso, me refugio em Minas”, conta ele. “O filme exigia uma cidade moderna e descaracterizada, assim acabei em BH. Além de ela se adequar ao projeto, consegui na capital condições para fazer o filme”, lembra Tonacci. Os filmes do grupo eram espontâneos e simples, “sem a mania de ficar consertando tudo ou de querer ser Hollywood”. Ou seja, obras pessoais, com reflexões sobre a liberdade e a condição humana. “Para serem vistas mais com os sentidos do que com a razão”, defende o cineasta.

Tonacci afirma que o conjunto de realizações lança luz sobre caminho histórico do cinema, formado por obras baratas e poéticas. “Atualmente, há dezenas de filmes assim de jovens realizadores, produções facilitadas pelas novas tecnologias de captação de imagens”, explica.

JORNALISTA Perdidos e malditos, de 1971, do diretor mineiro Geraldo Veloso, vai integrar a coleção. Em 75 minutos, sem linearidade, a fita conta a história de jornalista da área policial que se casa com a filha de dono de jornal para subir na vida. “Obra pessoal, aproveita a dica da nouvelle vague: filme pequeno, rápido e independente”, resume Veloso, referindo-se ao movimento francês, cujas propostas de renovação do cinema influenciaram toda sua geração. A linguagem radical (há 25 planos de longa duração, alguns de oito minutos, com câmara imóvel) traz influência de dois demolidores de convenções: Jean-Marie Straub e Jean-Luc Godard.

Geraldo Veloso morou no Rio de Janeiro nos anos 1970 e conheceu de perto os militantes do cinema independente. O irmão, Tiago Veloso, foi fotógrafo de O anjo nasceu e de Matou a família e foi ao cinema, filmes-manifestos de Júlio Bressane. O mineiro Neville de Almeida, recém-chegado de Nova York, rodou, com roteiro de Jorge Mautner, o proibidíssimo Jardim de guerra (1968) e morou na casa de Veloso. “Dizem que o cinema marginal nasceu em São Paulo, mas ele vem é do Rio de Janeiro, da convivência de turma com afinidades intelectuais fortes. Todos cinéfilos, godardianos de carteirinha, muitos com atuação política e alguns já processados pela ditadura militar, vivendo processo de experimentalismo artístico”, explica. “São filmes confessionais”, completa Geraldo Veloso.

“Éramos jovens anarquistas libertários. Até romanticamente, não acreditávamos nos valores que nos eram apresentados”, afirma o diretor mineiro. A frase de Rogério Sganzerla – “quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha” – traduz bem o espírito da época. “Fico feliz que, finalmente, haja interessados em nosso cinema. Influenciamos muita gente”, conclui Veloso.



CATÁLOGO
Os títulos da coleção Cinema Marginal são: Bang-bang (1971), de Andréa Tonacci; Sem essa, aranha (1970), de Rogério Sganzerla; Os monstros de Babaloo (1970), de Elyseu Visconti; Metereorango Kid, o herói intergalático (1969), de André Luiz de Oliveira. Os DVDs trazem o longa, curtas, depoimentos dos diretores e livreto com críticas, fichas técnicas, filmografia e ensaio sobre cinema marginal. As unidades custam de R$ 39,90 a R$ 44,90. Produto disponível no site www.lumefilmes.com.br.

Priscila Amoni

Cineclube na Casinha - Bamako (2006)

O Coletivo Casinha em parceria com o Cineclube Subterrâneos orgulhosamente apresenta:



Um processo se desenvolve num tribunal na capital do Mali. De um lado, o Mali ataca o Banco Mundial e a situação de endividamento exploratória na qual este o mantém. Do outro, o Banco Mundial se defende, promete emprestar mais dinheiro e não se parece falar a mesma língua. Não se fala a mesma língua.

As testemunhas são os Malineses, que proferem seus discursos sobre o que vêem da situação. Líderes locais e pessoas comuns. O filme dá a ver a situação de pontos de vistas diversos. O macro da relação política internacional é discutido em meio ao micro, da sobrevivência daqueles de quem vemos o cotidiano.

O tribunal é armado na área interna de uma casa na qual a vida cotidiana de algumas famílias ocorre. O cotidiano atravessa a cena. Os discusos dos advogados, juiz e testemunhas entrecortados pelas conversas dos habitantes da casa, pelas mulheres que lavam as roupas, pelas histórias particulares, por um casamento. Um atravessamento preciso em que a coesão dos argumentos se desenvolve também no discurso do filme frente à situação em pauta no tribunal.

O mauritanês Abderrahmane Sissako estudou cinema em Moscou e ficou conhecido internacionalmente por filmes rodados na África, como Vida Sobre a Terra (1998) e Heremakono - À Espera da Felicidade (2002). Bamako fez parte da seleção oficial de Cannes, sendo exibido fora da mostra competitiva.


* "Bamako" (Idem, Mali/França/EUA, 2006). 115 min. Direção: Abderrahmane Sissako. Com: Aïssa Maïga,Tiécoura Traoré, Maimouna Hélène Diarra, Danny Glover e Balla Habib Dembélé
Total: 1h55 min


Na Casinha, rua Juiz de Fora, 114.

Domingo, às 18:00.


Assista ao trailer do filme:

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

TV QUEIJO ELÉTRICO #4 e Plantão Escambo



Quarta edição da TV Queijo Elétrico
e abaixo, o plantão no Festival Escambo.



Luiz Gabriel

fotos da casinha em exposição

Dentro do Projeto Colaborativo entre as universidades UFMG e Lincoln, na Inglaterra, foi desenvolvido meu trabalho em parceria com Laura Wood, da Inglaterra.
A partir do conceito de pertencimento, saímos buscando dualidades culturais de cada país.
A exposição se chama Collective Body.
Duas das fotos foram feitas na casinha, e algumas estão no flickr.





abraços e obrigada, casinha!
Priscila Amoni