terça-feira, 27 de outubro de 2009

APLICAUMSOMAÊ

Di Melo -Di Melo (1975)


Hoje faço minha estréia nessa tão prestativa coluna criada por nosso amigo Benedito. E não vou deixar barato. Já vou começar mandando logo uma peróla da nossa música, desconhecida da grande maioria do público tupiniquim.

Trata-se do Di Melo. Ham?? Nunca ouviu falar né!!?? Pois então, esse cara é um dos percursores do Funk, Soul brazuca. Pernambucano, lançou em 1975 esse discasso, com arranjos do bruxo Hermeto Pascoal, e depois desapareceu. Mistério! Não lançou mais nenhum disco.

O que nos resta é apreciar sua obra-prima e única.
Pode baixar, vai na fé que eu agarantio, não te arrenpederás.
Que beleza, que beleza, que beleza!

E lanço desde já a campanha Di Melo na Casinha em 2010!


DOWNLOAD


Matheus

Ps: Quem se garante como próximo aplicante??

Morro Abaixo!



Vídeo meio tosquinho, que fiz uns 4 anos atrás, com camêra fotográfica. Eu e amigos andando de Longboard em alguns picos de Bh. Sempre quis mostrar pra galera. É chegada a hora.

Afinal, a CAsinha também é dos atletas!


Matheus

Velho novo vídeo do Dead Lovers



esse vídeo/animação fiz no ano passado com os compadres Lorin e Rafa como teste pra um concurso que não fomos selecionados. foi divertido fazer. divirtam-se

benedito

* dead lovers twisted hearts - huckleberry finn

domingo, 25 de outubro de 2009

Bem-vindas as novas idéias

O paradigma de desenvolvimento, tal como o concebemos, não só é inapropriado, como se torna a cada dia mais perigoso. A acumulação permanente de bens materiais não tem futuro. Se essa lógica continuar dominante a humanidade caminha para o suicídio coletivo.

Um enunciado como esse seria considerado de um esquerdismo infantil e um absurdo até há pouco tempo. Mas as múltiplas crises que atingem todo o planeta desnudam um processo ecônomico e político perverso: a apropriação privada da riqueza social por uma minoria se acelera, concentra ainda mais poder e riqueza, é predatória com o meio ambiente e deixa as grandes maiorias longe dos benefícios do desenvolvimento.

A doutrina neoliberal, que se apresentava como representação e norma da sociedade e da política, está desmoralizada. Aliás, é esse o papel da ideologia: reafirmar aquilo que é sempre idêntico, ignorar os processos históricos, ignorar que o social e o político estão sempre sendo recriados pelas práticas da cidadania. Mas os enormes custos sociais da crise atual, pagos pelo cidadão comum, a tornaram incapaz de produzir uma identidade naciona, uma imagem unificada de sociedade, e processar os conflitos de interesses por suas intituições políticas de uma maneira aceitável para todos os seus membros.

Esta percepção faz com que surjam novas aobordagens analíticas e novas práticas de resistência a partir da posição de que "não é aceitável que um grupo reduzido da população desfrute de uma vida fácil enquanto o resto, a maioria, tem de trabalhar para sustentar os privilégios deste segmento privilegiado e opressor"

A busca por novos paradigmas de produção e consumo, por um novo tipo de vida em sociedade, requer a reapropriação da política pela cidadania, assim como a construção de novos espaços públicos para o debate sobre as alternativas para o desenvolvimento, debate bloqueado até agora pela visão economicista vigente, que exalta o crescimento e ignora seus efeitos na sociedade.

De repente, como se fossem uma novidade, proposições e iniciativas que estavam ocultas pelo manto da ideologia neoliberal irrompem no cenário público, ganham visibilidade e surpreendem por suas visões de desenvolvimento.

É o caso do conceito de Felicidade Interna Bruta, adotado já nos anos 1970 no longínquo reino do Butão, um pequeno país de 700 mil habitantes encravado na cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia.

O princípio básico para garantir a felicidade é que a economia esteja a serviço do bem-estar da população. O objetivo é construir uma sociedade solidária e colaborativa, trabalhando para assegurar os direitos humanos no sentido amplo do termo.

Os quatro pilares de uma sociedade feliz envolvem economia, cultura, meio ambiente e boa governança. Eles se dividem em nove domínios: bem-estar psicológico, ecologia, saúde, educação, cultura, padrão de vida, uso do tempo, vitalidade comunitária e boa governança. Cada um destes domínios tem indicadores de avaliação e um peso específico na composição do índice da FIB.

Desde o seu início, esta iniciativa contou com o interesse do Pnud - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Ela se propõe medir o desenvolvimento sob outros critérios e, para isso, criou um conjunto de indicadores sistêmicos.

Outro caso que alimenta o debate sobre o ceonceito de desenvolvimento é o de Bem Viver, uma categoria central da filosofia de vida das sociedades indígenas da região andina, especialmente Bolívia, onde está incorporada à nova Consituição. Nessa formulação não contam tanto as riquezas, isto é, as coisas que pessoas produzem, mas o que estas coisas produzidas fazem pela vida das pessoas.

Para a concepção do Bem Viver, o desenvolvimento é um processo de mudanças qualitativas, não contam apenas os bens materiais, mas outros elementos como o conhecimento, o reconhecimento social e cultural, os códigos éticos e espirituais de conduta, a relação com a Natureza, os valores humanos, a visão de futuro, etc.

O Bem Viver deve assegurar que a economia se paute por uma convivência solidária, sem miséria, sem discriminações, garantindo um mínimo de coisas necessárias para todos. Ele expressa a afirmação de direitos e garantias sociais, econômicas e ambientais. Todas as pessoas têm igualmente o direito a uma vida digna, que assegure a saúde, a alimentação e nutrição, água potável, moradia, saneamento ambiental, educação, trabalho, emprego, descanso e ócio, cultura física, vestuário, seguridade social, etc.

Para conquistar o Bem Viver serão necessários processos de distribuição da riqueza e da renda; será necessário recuperar o público, o universal, o gratuito, a diversidade, como elementos de uma sociedade que busca sistematicamente a liberdade, a igualdade, a equidade, a solidariedade.
A construção dessa nova sociedade só será possível com a participação das pessoas e das coletividades em suas diversas formas organizativas, em todas as fases e espaços de gestão pública e de planejamento, sejam eles nacionais ou locais.

Há muitos outros novos elementos para o debate sobre as alternativas para o desenvolvimento. O que importa destacar é que o debata está aberto e são bem-vindas novas idéias.

por Silvio Caccia Bava,
publicado na edição impressa do Le Monde Diplomatique Brasil, Outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FORROBODÓ

Hoje (Sexta 23/10) tem forró na CAsinha! A partir das 22:30!
Entrada: R$ 5,00 (até meia-noite)

Venha tirar fogo do chão!

PS: Imagem meramente ilustrativa.

história das coisas

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Fiquem de olho!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

É HORA DE PLANTAR!


Dando continuidade ao projeto que já rola desde 2007, o movimento de ocupação urbana, batizado como Quilombo Urbano BH, promove mais um encontro maravilhosamente musical. Além das atividades já costumeiras dos dias de domingo como a capina e plantio, oficina de malabares, capoeira e roda de samba, o mutirão contará com a participação super especial do Baque Trovão!
Portanto minha gente, aprocheguem-se!
Tragam versos, sementes, cores e risos!
Simbora que estará bonito!

O que: Mutirão de Domingo com Baque Trovão.

Onde: Entre as ruas Ubá e Sabará (atrás da rua Araxá) - bairro Floresta

Quando: Domingo, dia 18 de outubro a partit das 14h.

Contato: 9712-2657 (BELLA)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cineclube na Casinha - Fabricando Tom Zé (2006)


18/10/2009 - "Fabricando Tom Zé", de Décio Matos Júnior


Documentário que retrata vida e obra de um dos mais controversos tropicalistas, cujo fio condutor é sua turnê pela Europa em 2005. Misturando diferentes formatos (vídeo, película e animação), o filme mostra uma detalhada visão do universo musical de Tom Zé, para quem um baixo e um esmeril têm a mesma importância melódica. Em entrevistas intimistas, o artista narra diversas fases de sua vida e conta como começou a carreira na década de 1960, o ostracismo nos anos 70 e seu ressurgimento no início dos anos 90. A produção conta ainda com entrevistas de Gilberto Gil, Caetano Veloso e David Byrne (que o reinventou no mercado internacional), entre outros. A direção de fotografia é de Lula Carvalho, filho do reconhecido Walter Carvalho.


Fabricando Tom Zé (Brasil, 2006). 90min. Direção Décio Matos Júnior. Com David Byrne, Gilberto Gil, Neusa Marthins, Caetano Veloso e Tom Zé

Total: 1h30min

Na Casinha, rua Juiz de Fora, 114.

Domingo às 18h em ponto.

Trailer do Filme:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lixo Cidadão


– Já pôs o lixo pra fora hoje?
– Não.

Se a sua relação com o lixo acaba aí, cuidado. A consciência sobre a questão do lixo pode te tomar pelos ouvidos.

Pois é. Para conscientizar a população sobre o lixo a ASMARE promove todo ano o Festival Lixo e Cidadania. A curadoria é de primeira e traz além de pérolas (negras ou não) novos nomes da cena musical nacional. Uma coleta seletiva musical rolou ao longo do ano e reciclou nomes locais como Djambê, Graveola e o Lixo Polifônico e Patuá para tocar no festival ao lado de Luiz Melodia, Los Sebosos Postizos (proj. paralelo da nação zumbi tocando jorge bem). 3namassa, Velha Guarda da Portela entre outrosss.

A programação completa você confere no site:
www.festivallixoecidadania.com.br

Os ingressos custam 20 reais a inteira e 10 a meia e estão à venda no Reciclo 2 que fica na Rua da Bahia, 2164, lourdes.

Quem curte música boa vai ficar que nem pinto no lixo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

APLICAUMSOMAê!


Mister Funk!

Pode ser que seja um dos poucos, dentre os que vão ver esse post, que "descobriu" outro dia (um desses) o som dessa fera! Penso isso, porque me impressionei com a originalidade, espontaneidade e descontração desse disco. "Como é que eu nunca tinha ouvido isso antes?" Pensei.

Para tanto, vale relembrar pra quem já conhece, e devidamente aplicar os pobres ignorantes no som de Miguel de Deus. Baiano de Ilhéus, foi morar no Rio de janeiro no fim da década de 60, onde integrou as bandas "Os brazões" (influências africanas, psicodelias rock'n roll, e música brasileira), e posteriormente, "Assim Assado" (inspirada nos Secos e Molhados).

Mas foi em 77 que o jovem lançou sua obra prima, o álbum "Black Soul Brother". Impressionante a irreverência, e o pique desse disco. Impossível ficar parado.

Tente fazer uma coisa que odeia enquanto ouve, te desafio a se sentir mal. Vai descobrir que lavar pratos ou banheiros pode ser divertidíssimo e passar muito rápido, o disco não é muito longo. Altamente recomendado para a próxima limpeza!

Mais informações sobre o artista, e download do disco, no:

http://oficinademacacos.blogspot.com/2008/07/miguel-de-deus.html



Não domino o recurso do "clique aqui", se alguma alma caridosa se dispor, faça a bondade.

Ok Marquito! Pra fazer o download basta clicar aqui

Abraços! Curtam!
Marquito

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

combo: tv queijo #7 e #8

Galera,
pra alegrar o feriado, segue um Combo Tv Queijo pra vcs.
Na sétima edição, uma entrevista com o John do Pato Fu, o primeireza com o Ram e o Cafa Sorridente dando a real sobre unilateralidade e meios de comunicação: raciocina Brasil!



E no número oito, a cobertura do Festival Outro Rock (com direito a aparição-repórter-relâmpago deste que vos fala), e novas peripécias do Cafa Sorridente.



viva a vanguarda webtelevisiva, viva o brasil!
enjoy it!

luiz gabriel

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COLETIVO CASINHA - onde a poesia rompe o estatuto da tribo

O professor Roberto da Matta, em palestra recente, chamou a atenção para o que nomeou de ‘o poder de coerção do grupo sobre o indivíduo’. Falou disso como se descrevesse um mecanismo capaz de operar forças que nos submetem a todos, inexoravelmente.
Claro, isso pode ser visto como mero conceito, distante, impessoal; dessas coisas que a gente em geral só admite nos livros. É tipo “ah, isso é verdade, deve ocorrer, mas na vida dos outros...”
No entanto, na dúvida , vale observar como tais forças operam na sociedade contemporânea e, a partir de uma visão macro, tentar ler como nos atingem, individualmente.
O que é mais evidente na atualidade vem do mundo da moda. Dado dia os caras das empresas olham pra seus estoques, se reúnem e definem que no próximo verão todo mundo deve usar bege ou roxo. Chamam os estilistas, encomendam os modelos e bombam na mídia. De repente sua mãe tá de modelito roxo, sua irmã não sobrevive sem aquele tubinho roxo, a empregada se esfola pra pagar o último roxinho que sobrou na loja.
Mais engraçado é que a gente olha aquele tanto de gente de roxo e acha lindo. ‘Putz, como as mulheres ficam bem com esse padrão roxo que lançaram agora! Olha, que gata...’
Isso significa, no mínimo, que nosso conceito estético é algo absolutamente precário, volúvel, adaptável à ocasião. Se não, não existiriam as ondas da hora: todo mundo de chapinha; todo mundo com luz e franja; todo mundo com calças de cintura alta, ou baixa, boca de sino ou apertada... Todo mundo com peitão de silicone! ... Do estranhamento inicial ao deslumbre, todos, sob esse tal poder de coerção do grupo, mudamos num átimo.
Na música não é muito diferente. Num dado tempo todo mundo tem que pôr violoncelo nos arranjos... É lindo. Todo mundo tem que fazer um acústico, é demais. Todo mundo canta, enfim, essa última que fulano arrasou.
Numa sociedade de massas como a nossa, não nos assustamos mais ao vermos gente de todas as classes sociais do planeta imitando os passos de Michael Jackson dançando triller, todas as crianças de todos os bairros fazendo a mesma coreografia, todos os turistas seguindo o hit de macarena nos quatro cantos do mundo como se por isso dessem expressão a dado código de felicidade e descontração.
Muito antes desses fenômenos de uma sociedade dominada pela mídia, os efeitos do grupo sobre os indivíduos eram, também, muito evidentes, haja vista os estilos de época: agora, todo mundo faz poesia com métrica; agora, é o culto à donzela lânguida e inverossímil; agora, o mal do século, a dor de cotovelo, os poetas da penumbra e da tuberculose... Agora, verso livre.
Essa leitura rapidíssima e imprecisa nos serve, no mínimo, para vermos como o mercado se apropria desses fenômenos sociais e humanos, operando seus interesses. E como é ‘O Mercado’, faz pior, porque agrega a essa lógica da coerção do grupo as forças que habitam o mais íntimo de cada um, especialmente no que temos de pavor da morte, da perda, da castração.
A sacanagem do mercado é, primeiro, nos inundar com o mandamento de que apenas seremos lindos se usarmos o vestido da modelo loira deslumbrante, todo mundo igual, de roxo; segundo, que se não formos correndo à loja o tal modelo vai faltar, e o único desgraçado do mundo que vai ficar de fora é você. “Você corre o risco de ficar sem...” – esse o mantra a hipnotizar o incauto consumidor e obrigá-lo a pôr o dedo no fuso.
Nas corporações, esses fenômenos de grupo chegam a ser caricaturais. Os militares têm um estilo, se vestem de dado jeito, falam de uma maneira peculiar, cortam o cabelo assim. Os executivos, idem – ternos, balada, grana e pó; sedução, BMW, rolex. Há pessoas com olfato tão apurado que de longe detectam: aquele é polícia, esse advogado, a madame é funcionária pública, o cara é pagodeiro.
A cidade, a partir desse mecanismo da coerção do grupo sobre o indivíduo, acaba por se dividir em territórios tribais. Tem o pessoal de preto, de coturnos, capa, metal, numa euforia sem causa e sem conseqüências. Tem o pessoal das academias, bombados, exuberantes em seus corpos esculpidos e olhar vazio a procurar um espelho onde comparar bíceps e tríceps, quando não algum inimigo para esmagar. Tem os hippies, remanescentes de um nostálgico tempo de paz e amor e tão acossados por um comércio decadente e uma ética precária. Tem os do regae, com seus dredes-bandeiras, como a significar uma Jamaica imaginária, de uma devoção evangélica, meio que dominada por algum Edir Macedo. Tem, também, os que aceitaram Jesus, desarvoradamente, ao ponto de reduzir o vocabulário ao louvor maníaco, maniqueísta, manipulador e tão capaz de esvaziá-los numa catequese corrupta e mercantil. Tem os tatoos, com corpos-emblemas, como a fazer alguma história com marcas em si mesmos, no simulacro de um mundo-corpo, império do gozo, não raro a remeter ao bizarro.
Em meio a tudo isso, Eu, Você, cada Um. Todos, com a certeza de serem únicos, livres, detentores de uma identidade - “Pode crer, meurmão, tô na minha, eu sou mais eu...”
O homem oscila assim entre o si e o outro, ora fundindo-se, ora se fudendo. Na imersão grupal busca o conforto do pertencimento tribal, gregário, comunal. Na inquietude da procura de si, afasta-se do grupo e mergulha na dor do se parir no mundo, essencialmente marcando sua diferença.
É tão dramática e difícil essa construção que talvez só mesmo no exercício da reminiscência ela se viabilize, assim como o faz o Riobaldo, do Grande Sertão. Já distante das diabruras do bicho homem em grupo, consegue desenterrar o que foi, ele próprio. Talvez, por isso, a velhice tenha sido tão cara a alguns povos... lugar de sabedoria; tempo do ensimesmar.
Com certeza é tão essencial esse encontro identificatório com o grupo quanto a constituição de um território próprio. No entanto, e é isso o que os antropólogos e sociólogos acusam quando nos lembram o poder de coerção do grupo, - é que nesses movimentos em direção ao coletivo corre-se o risco de não se construir uma dicção própria. Isso se dá exatamente porque dado estatuto de grupo asfixia o sujeito e o oprime, inviabilizando sua procura de si.
O grande desafio, parece, é esse encontro que ao mesmo tempo permita a realização do grupo, o coletivo, comunal, mas cujas regras não sejam opressivas o suficiente para obscurecer o sujeito e seu desejo; o grupo cuja coerção signifique ao mesmo tempo esse processo identificatório dos iguais – da roupa, dos gostos, da dicção -, mas instigue à busca da diferença, da individualidade, e se possível do autoral.
Daí, mais uma vez a Casinha – enquanto espaço de grupo e de diferença, de coletivo e de individual, de igual na desigualdade. Uma poética do olhar para a multiplicidade e de dúvidas sobre a opressão. O lugar da não-asfixia e onde é imprescindível a suspeita: se estivermos muito iguais é porque algo deu errado, virou seita.
Nessa toada, cito Saramago em fragmento de O Conto da Ilha Desconhecida:

“... quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu, quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti, não chega a saber quem és (...) O filósofo dizia que todo homem é uma ilha (...), que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos sairmos de nós...”

A Casinha, então, como o logus onde a tribo seja apenas um encontro de sujeitos.
Xuvito

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Música


Ingressos a 10 reais a inteira e 5 reais de meia.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cineclube Casinha - As Estátuas Também Morrem (1953)

.

Neste domingo o Cineclube Casinha orgulhosamente apresenta:
As estátuas também morrem,
um curta metragem assinado por
Alain Resnais e Chris Marker.

Sob a forma de um ensaio sobre a "arte negra", Resnais e Marker produzem uma crítica do sistema colonial francês e do colonialismo ocidental em geral. Banido por cerca de dez anos na França e disponível apenas em uma versão mais curta do que a original, o filme entrelaça imagens da arte africana exposta em museus europeus, imagens de arquivo feitas na África, uma narração em off informativa, irônica, reflexiva e crítica, imagens de arquivo de artistas e esportistas negros na diáspora e de confrontos raciais violentos, entre outras. A construção de uma compreensão dos objetos da "arte negra" nos diversos contextos sociais, culturais e históricos pelos quais circulam - das sociedades nas quais foram produzidos com sentidos muitas vezes religiosos às sociedades nas quais se tornam produtos para consumo - leva a uma interrogação mais geral das relações entre o Ocidente e a África, assim como entre brancos e negros, na África e na diáspora africana, resultando num contundente comentário sobre o racismo, que reverbera ainda hoje com intensidade.


Neste domingo, 4 de outubro, às 18h na Casinha
(Rua Juiz de Fora, 114, Barro Preto)



As estátuas também morrem
(Les statues meurent aussi)

Gênero:
documentário; filme-ensaio
Diretor: Alain Resnais e Chris Marker
Duração: 30 minutos
Ano de Lançamento: 1953
País de Origem: França
Idioma do Áudio: francês
Legendas: portugês



* o Cineclube Casinha tem periodicidade quinzenal e acontece sempre aos domingos às 18h

MUNDO PACUMÃ

Festival BH Indie Music
Apresenta

MUNDO PACUMÃ (afro-beat,dub)


Onde?Rua Catete, 603 - Alto Barroca,Studio Nafta
Quando? Sexta 02/10
Que horas vai rolar? (21:00hs)
Quanto custa? (R$10,00)

www.myspace.com/mundopacuma

www.bhindiemusic.blogspot.com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Receita para dor de cotovelo

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Marquinhos é um cara daqueles que se pode dizer, com todas as letras: gente finíssima.

Colega de prisão remunerada (vulgo emprego), me mandou este email, alegrou meu dia e o assunto foi rapidamente elevado ao status de utilidade pública.

Sendo assim, resolvi compartilhar com vocês.


Forget your troubles, and dance...


Muita música pra todos nós!

Naroca.

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Meninas e meninos,

Essa lista de rádios já rolou por ai algumas vezes e acho que pode ser aproveitada, afinal estamos todos órfãos da radio do LastFm, e mesmo se você gosta de rádios web, não gaste seus $3 por mês com o eles, existem pelo menos uma dúzia de concorrentes que não tocam só 30 segundos de música e não te cobram nada mais por isso, então escolha sua rádio e favorito nela.

http://ilike.com/ (Usei algumas vezes, achei legal.)
http://mixpod.com (Tem um esquema de fazer /ouvir playlits que e legal, da pra pegar a url da playlist, botar um player de controle de "nintendinho" e mandar pra galera.)
http://blip.fm/ (Talvez um dos melhores pelos vários api's que já estão rolando, tem o esquema da playlist e é meio "micro blog" também.)
http://wearehunted.com/ (gostei tb!)
http://www.deezer.com http://www.jango.com/ (bons comentários...)
http://musicovery.com/ http://cotonete.clix.pt/ http://soundpedia.com/ http://www.dizzler.com/ http://aupeo..com/
http://accuradio.com

E agora, depois de 12 super dicas que me custaram um tempo fudido na internet (porra nenhuma, a lista tava pronta em um site, só acrescentei umas 2 rádios) quero mesmo é ver todos vocês no Uzina nesta quinta (01/10), que aqueles caras bacanas do Possuídos vão discotecar só uns hardcores oldschool, post-hardcore, uns punks velhos e por ai vai.

Afinal, alguém tem que mostrar pra mulecada que não ouviu Bad Brains, Fugazi, Bad Religion que chega de chorar, não vale a pena gastar suas preciosas lágrimas em roquizinhos emo ou seus cotovelos com música sertaneja.

Então é isso aí, vejo vocês lá.
www.uzinarestaurante.com.br/ Ah, o Uzina abre às 19h!

Abraços
Marc

CINECLUBE CASINHA

Uma estranha força atrai tambores de todos os formatos cores e tamanhos pra dentro desse barracão da rua juiz de fora 114. E mesmo que o reboco das paredes não suporte a pegada das bateras, djembes, tambores de crioula, alfaias, pandeiros (...) o som não pára. E se todo dia é dia, porque não domingo?

Atendendo a pedidos, neste domingo, às 18h o Cineclube Casinha exibe Djembefola, um filme referência para todos os interessados em percussão africana.


Sinopse:

This award-winning film by Laurent Chevallier documents percussionist Mamady Keita's 1991 return to his home village of Balandugu, in Northern Guinea, West Africa, after years of living in Brussels, Belgium. Keita is the world's foremost player of the djembe, a distinctive African drum. Highlights of this joyful program include a review of Keita's life and career, as well as music from Keita and his band, Sewa Kan, which has five percussionist singers and a woman dancer/singer.
Título: Djembefola
Tempo: 65 minutes
País: France