Lembrando de esquecer
Afagando o esquecimento no sossego do repouso da cabeça, os olhos finalmente se entregam, descansam.
O espírito desperta leve pluma em um mundo de sonhos, na curva do tempo sem bordas, sem horas.
Recortes soltos de imagens vivas, explosão de cor e som traçam no inconsciente o que em consciência a intuição mal advinha.
Dançando solto, flutuando no acaso, acompanho seus passos.
No ondular incerto de caminhar de sua figura anônima esqueço de mim.
Um novo dia, nova volta que o mundo dará, o sol manso, ainda morno debruça em minha janela afogando meus olhos em luz.
Lembro de esquecer que nunca fiz senão sonhar.
Pedroratton
Nenhum comentário:
Postar um comentário