sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Música do Mundo



Há mais de 30 anos Três Pontas teve a sorte de sediar o grande encontro musical conhecido como Woodstock Mineiro. Deu-se em torno do Bituca, que conseguiu carrear para a cidade uma legião de músicos já famosos na época - Chico Buarque, Fafá de Belém, Clementina de Jesus, Francis Hime, Gonzaguinha.

A cidade foi invadida por hordas de jovens do país inteiro e de vizinhos latino americanos. Em campo aberto, palco improvisado, muito boa vontade e hospitalidade, rolou a melhor e mais festiva celebração musical da época; era 1977.

A cidade se mantém desde então, não muito alterada, mineira. Milton Nascimento brilha aqui e no mundo. A memória afetiva e os testemunhos do evento consolidaram todo um clima que envaidece os Trêspontanos. Há nostalgia. A juventude, ciosa dessa memória, insiste em produzir arte e demandar cultura. Bituca, por perto, sempre incensa a produção. Descobre gente nova e as leva consigo pelo mundo.

Esse clima, cultuado, cultivado, desejado, não foi em vão. Passadas três décadas, um novo arrojado projeto invade a cidade – Música do Mundo. Uma produção sofisticada, tecnologia de ponta e o mesmo clima do Woodstock Mineiro. Foi assim ano passado, foi assim agora em setembro de 2010. Por uma semana Três Pontas torna-se a capital da música, talvez do mundo, e se consolida como um importante pólo cultural do país.

E será assim, um projeto permanente, garante o cidadão Milton Nascimento! Ano a ano, Música do Mundo.

Vem gente de todo lado, público e artistas, da Alemanha, da França, do Nordeste, de Curitiba, do Rio Grande do Sul, de Cuba. Da região então, nem se fala... Bituca não só grava, como divulga no mundo os jovens músicos, interpretes e compositores da região. Como dizem os de lá, sua atenção com a cidade que o acolheu é ‘uma benção’.

Wagner Tiso, sempre presente, rende homenagens e frutos, como uma parceria que transcende o tempo e se estende ao planeta.

Música na praça, música no cemitério. Guardas de congado pelas ruas, tambores, tenda de circo, e o apoteótico palco para a grande celebração. Fica no meio do mato, mas parece Hollywood. Por ele desfilam Pablo Milanês, Vitor Miglione, Celso Blues Boy, Gil. A multidão, imensa, cresce ano a ano. Celebra a música, a paz. Talvez paz e amor, ainda...

Não tenham dúvidas, o mundo estará vendo, a mídia especializada está antenada. O palco estará aberto, todo ano. De BH fatam comparecer Veredas, Mestre Jonas, Pererê, Tizumba, Trovão, Tambolelê, Delegados, roda de Djambé.

Pessoal, (é hora de se ligar!) ano que vem tem mais Música do Mundo. Há espaço, há um apelo a que participem. Qualé Casinha?!, dá para preparar tudo que quiserem. Há agenda, há clima, há como participar. Acordem!

Ps. Recadinho pro Mestre Jonas: entregamos seu CD para a produção do Milton, que vai se deslumbrar. Aguarde.



Afonso Vitor, o Chuvito.

Um comentário:

  1. Aê Grande Chuvito sempre nos presenteando!!!
    Gostei da lista dos que precisam tocar nessa festa ano que vem, detalhe pra MEGA puxada de sardinha - coruja! E Viva o Veredas!
    Beijos.

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