quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Músicas de lá - Intersis Play

La Banda de José "El Tuerto" fez apenas uma apresentação em toda sua existência. Seus integrantes, Gustavo Amaral (voz e violão), Gustavo Campos (pandeiro e berimbau) e Joan Mas (saxofone), nunca haviam tocado juntos até poucas horas antes de seu primeiro e único show.

Por conta de uma série de favoráveis e agradáveis circunstâncias, a banda se formou para tocar em uma noite de sexta feira do último mês de julho em Manresa, cidade do interior da Catalunha. No repertório, muitas músicas "fresquinhas", compostas durante a temporada européia do TiãoDuá.

Com a palavra, Gustavito Amaral, quem vos explica a história de Intersis Play:


"Assim sucedeu um dia com “os Tião”. Em viagens assim, sempre me sinto muito inspirado. Ainda mais tendo ao lado figuras amigas para instigar mutuamente nossas criatividades. Estávamos em uma casa ocupada no Haarlem, a 15 minutos de trem do centro de Amsterdam. A quebrada se chamava Ruychaverstraat, e lá havia muitos objetos coloridos diversos e inesperados.... Mas isso foi assunto para outra música.

Esta, “Intersis Play”, foi feita por inspiração da própria letra, que é em romeno e estava escrita em uma placa pendurada na parede da sala de casa em Ruychaverstraat. Um músico romeno tinha o costume de tocar todos os dias o seu acordeão em frente a um supermercado no centro do Haarlem e “passar o chapéu”. Então, os donos do supermercado, partidários da xenofobia e dos bons costumes burgueses, colocaram uma placa dirigida especialmente para este músico: INTERSIS Sã PLAY FARA LICENTA INTERSIS CHERCHITUL. A essas palavras acompanhava uma sanfona com um risco vermelho: proibido! Nossos amigos ocupas então arrancaram a placa e a puseram na sala de casa.

Por um acaso louco, justamente no período em que lá estávamos havia também um tipo da Romênia que traduziu para nós a inscrição. Dizia: PROIBIDO TOCAR SEM LICENÇA PROIBIDO PEDIR DINHEIRO. Meu amigo Luiz Gabriel Lopes fez uma levada meio Gil em 5 e eu comecei a cantar a inscrição por cima...

Essa música é uma homenagem a todos os músicos que tocam na rua. E o fato dela ser em línguas do leste europeu vem bem a calhar, uma vez que é muito comum ver nos países mais ricos da Europa músicos de rua vindos do leste, os chamados Ciganos, Gipsys, Gitanos, etc...

Depois, conheci uma menina da Lituânia que me ajudou a fazer a segunda parte da letra traduzindo os mesmos dizeres na língua de seu país: TU NéGALI GRóTE MUZICOS BE LEIDMO DRAUDJAMA PRACHITE PINIGU."


Agora que vocês já conhecem a história, Intersis Play interpretada por La Banda de José "El Tuerto" (em português, A Banda do Zé Caolho)



Próxima parada... Formentera (Espanha)

Aquele abraço

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cordel de Mestre Gaio na Biblioteca Pública


EM DESTAQUE
CORDEL: O vasto mundo da literatura na visão de Olegario Alfredo - Mestre Gaio
Local: Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, na Praça da Liberdade.
quarta, 31 deagosto de 2011
às 9 h

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Músicas de lá - Banan Kalo

Encarnando o papel de correspondente internacional do blog da Casinha, este é o primeiro de uma pequena série de posts baseados em experiências musicais d'além mar que pretendo compartilhar por aqui.

O vídeo abaixo foi gravado no bairro de Gràcia, em Barcelona, na casa de um dos músicos do grupo Banan Kalo. Fui parar ali na base da cara de pau mesmo. Depois de assistir a um show no Electric Bar, muito bom por sinal, fui procurá-los com a intenção mesmo de bater um papo. Na manhã seguinte lá estava eu no ensaio da banda. Uma experiência e tanto.

Diaboura Diakite, quem aparece cantando e tocando kamale ngoni, é do Mali e me contou que o repertório do grupo é composto de canções tradicionais de seu país e canções próprias, mas que não deixam de se inspirar na musicalidade da sua terra natal. A cabaça e o Bolon, que aparecem no vídeo, são instrumentos tradicionais e muito presentes na música mandinga. Entre os integrantes, gente da Itália, Catalunha, Burkina Faso, Mali e Senegal. Tentei contato por email em busca de mais informações a respeito do grupo e de suas músicas mas ainda não me responderam... De qualquer forma, deixo registrado meu agradecimento a todos do grupo pela receptividade!

Semana que vem tem mais. Próxima parada... Manresa (Espanha).

Aquele abraço


domingo, 14 de agosto de 2011

Cordelteca


Nesses dias aí, a Casinha recebeu a visita do ilustre Mestre Gaio. Veterano da capoeiragem de Minas, discípulo do Mestre Toninho Cavalieri (pioneiro em nossa terra).
Mestre Gaio é cordelista, membro da Academia Brasileira de Cordel, autor de centenas de títulos apreciados por todo o Brasil. Em escolas, igrejas, estádios de futebol, faculdades, centros culturais, Mestre Gaio difunde a poesia de cordel com maestria.
Neste mês de julho, o Mestre inaugurou a Cordelteca da Casinha, com títulos maravilhos sobre capoeira, poesia, diálogos entre Mestre Pastinha e Mestre Bimba, e outras demandas com o Diabo, o cachorro, a prostituta, Dom Quixote etc.
Sem dúvida, o maior autor de cordéis de capoeira, Mestre Gaio abrilhanta a Casinha com esta Biblioteca de Cordel, aberta ao público para consulta e emprétismo.


Em entrevista à Rede Minas, o professor do Teatro Universitário da UFMG, Fernando Limoeiro, fala que sua paixão pelo Cordel se dá pela vontade de inserir a cultura popular na Universidade e sua crença na cultura brasileira. Natural de Limoeiro, sertão de Pernambuco, o professor tem imagens riquíssimas na memória das feiras em que trabalhavam os cordelistas e os "leitores de bancada", aqueles que não só vendiam o Cordel, mas liam-os para os matutos, agricultores analfabetos.
"...leitores de bancada... Este homem se chamava Manoel Sabe Ler. (...) Eu via Sêo Manoel Sabe Ler lendo os cordéis. Para quem? Para os matutos analfabetos. E veja que formação. (...) E vendo os matutos tirar do seu parco dinheirinho, seu suado dinheiro de lavrador para comprar poesia, partindo do princípio de que ele não tinha nenhuma formção cultural erudita, [concluía que] este homem analfabeto tinha necessidade da poesia. E comprava a poesia junto com o alimento. Foi aí que eu coloquei no meu texto que diz: 'foi ali, sob o Sol do sertão, escutando Sêo Manoel Sabe Ler, que eu descobri que o cordel é pra comer'.
O matuto sentia necessidade da poesia. (...) O homem dito, entre aspas, ignorante, o lavrador, o campesinato tem necessidade e fome de beleza que todos nós que estudamos temos. O homem precisa de alimentar de poesia...".
- professor Fernando Limoeiro, em entrevista à Rede Minas (link abaixo)



Links:
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/brasil-das-gerais/literatura-de-cordel-e-cultura-popular-1
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/brasil-das-gerais/literatura-de-cordel-e-cultura-popular-2

http://www.ablc.com.br/

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Feira Terra Viva


Feira de alimentos saudáveis
- 13 Agosto - na UFMG
Rede Terra Viva

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

OFICINA DE TEATRO DO OPRIMIDO




Oficina:

Introdução ao

TEATRO DO OPRIMIDO

(com: Nuno Arcanjo

Músico, Arte-Educador, Ator e Multiplicador do T.Oprimido (pelo CTO))


Objetivo: iniciar os participantes no método criado pelo brasileiro Augusto Boal, (hoje praticado em mais de 70 Países) .O T.O. é um Método Estético, Pedagógico e Político, com Exercícios, Jogos e Técnicas que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, o estímulo à criatividade, a alfabetização estética e a democratização da produção artística.

Conteúdo: Exercícios e Jogos, História e Princípios Éticos,

Criação de Teatro-Fórum, Intervenção pública final.

Local: Coletivo Casinha – espaço Cultural - R. Juiz de Fora, 114 – B. Barro Preto (perto do Fórum)

Data: 27 e 28/Agosto (Sab. e Dom.)

Horários: Sáb. de 14h às 19h e Dom. de 9h às 19h (com pausa para almoço no local)

Investimento: R$35 (inclui apostila e almoço)

Vagas Limitadas (máx. 20 participantes)

Observações.: usar roupas confortáveis; levar comes e bebes para lanche coletivo (leve sua caneca e evite embalagens descartáveis)

Inscrições: fernandomurcego@yahoo.com.br 9811-3737 (com Murcego) e

beavisjp@gmail.com, 9611-1474 (com João Pedro).

Requisito é fazer a inscrição pelos dois e-mails para confirmação! Outro requisito é a participação nos dois dias!



Alguns vídeos podem ser vistos no youtube para maior entendimento sobre o Teatro do Oprimido. Sugerimos dois:


http://www.youtube.com/watch?v=KK0Z7n-w97Y (A Estética do Oprimido)

http://www.youtube.com/watch?v=03klL8GhIpw (Entrevista com Augusto Boal)



Realização:

Casinha Espaço Cultural