terça-feira, 5 de maio de 2009

Ão, Ão, Ão, meu forte é a rima.

Cara, o RAP é foda. Teve uma época que eu já ouvi mais, junto com um parceiro até me arriscava a compor uma letras. Logo vi que não era minha praia. É necessário muita fluidez e um vasto vocabulário para que não soe repetitivo e acabe chato e cansativo. Hoje vejo essas letras e acho bastante graça. Valeu pela experiência.

Mas não é porque eu não levo jeito pro negócio que eu deixei de admirar. Acho o RAP um puta estilo musical, com um poder de manifesto e contestação que nenhuma outra música tem. Mas também não precisa ser só isso. Existe muita coisa no RAP além do grito dos excluídos e há espaço pra tudo.

A sigla RAP significa em inglês Rhythm And Poetry (Ritmo e Poesia). O Rap é apenas um dos elementos da música e cultura hip hop. Que ainda conta com o Grafiti, o Dj e o Bboy (dançarino de break).

O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos 70 por jamaicanos e outros. Eles introduziam as grandes festas populares em grandes galpões,com a prática de ter um MC (mestre de cerimônia), que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando e encorajando com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap.

A origem do Rap veio da Jamaica, mais ou menos na década de 60 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimônia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais polêmicos, como sexo e drogas.

No início da década de 70 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando entre as classes mais pobres até chegar a atingir a alta sociedade.

Hoje o que a "alta sociedade" aprecia é o RAP Gangsta, aquele em que só se fala em garrafas de champagne, correntes de ouro, mulheres gostosas e carrões. Eu sinceramente acho uma merda, pois apesar de ter umas batidas boas (ritmo), deixaram a outra metade de lado (poesia). Mas há quem goste. Paciência!

O RAP não é uma coisa só. Pode ser compromisso com o povo da sua comunidade, para falar dos seus problemas, pode ser apenas uma viagem de doidão, pode ser irônico, pode ser escrachado e pode ser até educativo (já fiz e deu certo). Enfim, pode ser o que quiser e pra quem quiser. Basta se arriscar.

Aqui em BH a boa é ir curtir a Batalha de MC's. Toda sexta embaixo do viaduto Santa Tereza, a partir das 20h e 30. Lá o estilo é livre. É só chegar se increver e rimar. Mas se você for igual eu e não quiser insistir, também poder ir. Mas vai com vontade e disposição pra aplaudir.


Alguns RAP's


RAP Mineiro




RAP Clássico




RAP Escrachado




RAP Pop




RAP Cabeça





Quer saber mais??

http://www.rapnacional.com.br/
http://www.myspace.com/arebeldia
http://www.suapesquisa.com/rap/
http://www.radiorap.com.br/


matheus rocha

Um comentário:

  1. Porra!! gostei da matéria.
    mas gostei mais ainda do vídeo do racionais. de arrepiar.

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